O governo
federal lançou mais um programa que reforça a cultura de que o gênero
feminino é discriminado. Não basta tal fato já estar exageradamente
presente em quase todas as políticas públicas e na mídia em geral, agora o
governo pretende aprofundar esse mito e mais que isso, direcionar esforços e
recursos em prol de algo desnecessário.
São projetos
artísticos direcionados a temas definidos e público alvo a ser beneficiado, o
gênero feminino, claro. Os projetos podem ser inscritos nos gêneros ficção,
documentário e animação, com temática abordando a construção
da igualdade entre a mulher e o homem, os
direitos femininos e cidadania.
A expressão construção aí pode ser entendida
como os esforços governamentais para mudar você e toda a sociedade, construir
por meio de mídias, nesse caso, uma nova realidade social, uma nova cultura (doutrinação).
Obviamente, em
se tratando de filmes de ficção nem
sempre o roteiro terá de ser condizente com a realidade, eis que a possibilidade
de expor algo por meio ficção abre todas as brechas e possibilita infinitos roteiros
distorcidos, inclusive com a possibilidade de se dissociar totalmente de
direitos e ser extremamente injusto e discriminatório com o gênero masculino,
ser absurdo, sem que isso importe responsabilidade a quem quer que seja, afinal
será mera ficção.
O governo não
admitiria tal exagero ou abertura se ofendesse o gênero feminino, nem mesmo se
meramente pudesse ofender ou discriminar, mas diante do gênero masculino nada
preocupa o estado.
Também não vejo
como igualdade,
já que o projeto só objetiva tratar de direitos femininos e cidadania, como
se em nossa sociedade semianalfabeta, ou analfabeta-funcional e despolitizada,
não houvesse também uma multidão de homens que pouco conhecem seus direitos e sua
cidadania.
De fato, o
mesmo esforço que se quer direcionar em prol de uma política para o gênero
feminino não ocorre a favor do gênero masculino, muito menos no
campo da conscientização. É como se os homens fossem empurrados para
a ignorância, o que contribui para serem desligados do objetivo de sair em busca
de direitos ou de novos direitos, o que os faz abandonados de
receber proteção do estado na hora de fazer leis ou políticas públicas.
Isso também reflete na cultura, inclusive com essa iniciativa dá para notar como a cultura é artificialmente
modificada, mas isso vale para todas as mídias, desde um filme como
trata esta política pública, até o enfoque de uma novela ou de uma campanha
publicitária ou artigos em revistas e jornais, influindo também com emprego
dessa e outras técnicas nas abordagens de gênero nos livros escolares ou
diretrizes de formação dos docentes ou das leis do país.
A escolha
pela produção de filmes (curta e média metragem) tem um toque estratégico, pois
o que for produzido levará uma visão a um grande público (milhares ou mesmo
milhões de brasileiros e brasileiras), formando a opinião pública, por vezes influindo
a multidão sem esta notar. Acaba sendo uma programação da sociedade
(a PNL – Programação Neurolinguística – pode explicar isso melhor).
Focando de
outro modo, se não importasse mudança da visão social, qual utilidade teria
exigir a produção dessa temática relacionada a gênero? Bastaria incentivar
mulheres a dirigir filmes para propiciar o incentivo da mulher no mercado de
trabalho (embora disso não se precise mais, pois elas já ganham igual aos
homens quando querem desempenhar o mesmo serviço).
Claro que a
partir da visão propiciada por tais produções uma parte do expressivo público
receptor absorverá algo para incluir de algum modo (crítico, reflexivo,
permissivo ou negatório) na sua visão geral, para assim encarar o mundo, ou
algumas questões do mundo, refletindo na sua visão uma influência de tais
premissas ou enfoques dessas produções, mesmo que totalmente equivocadas.
No segmento
audiovisual serão selecionadas 16 obras (10 curtas e 6 médias). Para maior
incentivo prêmios serão distribuídos. Já os projetos com diferentes linguagens
artísticas vão selecionar 10 projetos.
Não importa
quantos serão os premiados nem o valor do prêmio, mas sim de onde sairá esse
dinheiro. Mesmo que fosse um só o premiado já seria muito dinheiro público,
caso de algum modo onere o dinheiro que deveria ir para hospitais e escolas,
ainda mais para investir num projeto que
coloca o gênero masculino como ser esquecido ou até pode colocá-lo como
opressor, pois esse tem sido o enredo preferido de muitas políticas feministas.
Essa pecha de opressor deveria ser incansavelmente combatida pelo governo (princípios da
dignidade da pessoa humana e de que ninguém é culpado sem ser condenado, é
o que diz inutilmente a Constituição). Entretanto, o governo vai no embalo e
nada faz para a verdade prevalecer e ecoar: o gênero masculino é tão
agredido pela violência, falta de saúde pública, falta de habitação, excessivas
vezes ou até mais que o feminino, e ainda pela cultura da culpa.
O governo reiteradamente
se omite de colocar o gênero masculino como ser humano também valorizado e
protegido pelas politicas públicas, como ora está a fazer com o feminino,
aliás, assim incansavelmente age.
Tanto faz se
tratamos de cinema, habitação, saúde, segurança, trabalho, aposentadoria, violência,
transporte, todo o esforço governamental coloca o gênero masculino, desde criança
até a velhice, em segundo plano.
Até os gays
ficam em segundo plano se comparados às lésbicas ou mesmo às mulheres héteros. A
questão não é de preferência sexual, é de gênero. Nasceu macho (gênero
masculino) já basta para ser colocado pelo estado em segundo plano, independente
da opção sexual. Simples e direto, assim. Se duvidam olhem o SUMÁRIO ou todo o
plano do Manual das Políticas do Governo (Plano Nacional de Políticas para as mulheres
– 2013-2015): http://spm.gov.br/pnpm/publicacoes/plano-nacional-de-politicas-para-as-mulheres-2013
MDI
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