A cada dia vemos mais mulheres em posição de destaque, como em cargos
públicos com altos salários ou outros com pompa e status. Como nesse caso.
Aqui não se questiona o mérito dessas mulheres (como de fato mulheres e homens têm seus méritos), mas se indaga o tratamento dispensado
ao gênero masculino, em todas as fases da vida.
Nas profissões mais perigosas, mais humilhantes, mais sofridas, porém,
com menos status e reduzidas vantagens, como nas minas de subsolo, nas
britadeiras manuais, nas maretas, limpando vidros de altos edifícios pelo lado
externo pendurados, abrindo covas nas terras do solo contaminado de cemitérios,
nos carregamentos manuais de cargas de carretas e caminhões, nas ruas desentupindo
bueiros, limpando fossas, carregando peso, dirigindo caminhões velhos pelas
madrugadas frias, nos serviços braçais construindo pontes e estradas, praticamente
só vemos homens, como nessa foto:
FOTO: Do nosso arquivo. Setembro/2013. Estrada em obras no Estado de SP.
A profissão dessa recente foto reflete bem o tipo de serviço que é assegurado
aos homens no mercado de trabalho. É uma profissão que remunera mal, resseca a
pele sob o sol forte, implica excessivo calor sob o uniforme pesado e horroroso
(para não dizer pior), maltrata o trabalhador sob a chuva e o frio, implica riscos,
em especial o de atropelamento, e não concede nenhum status social. Enfim, é uma
profissão assegurada aos homens, sempre vemos homens a desempenhando.
Como todos já sabem, o feminismo
é o movimento que luta por direitos “iguais” entre homens e mulheres. Essa é a
definição que tanto reclama para si, a de igualdade. Consequentemente, todos os
leitores deste artigo já viram o feminismo fazendo manifestações pedindo iguais
direitos para os homens em vários assuntos nos quais a mulher está melhor, como
também faz em favor da mulher naquilo que o homem está em vantagem, certo?
Exemplo disso é o feminismo pedir a aplicação das punições criminais previstas na
Lei Maria da Penha sobre a mulher agressora, correto?
Errado! Totalmente errado!
Em toda a história da humanidade, até onde conheço e não é pouco, jamais
o feminismo lutou empenhadamente por algo assim a favor dos homens agredidos ou
de algum homem em desvantagem de gênero, em qualquer assunto que seja.
Atualmente, existem cotas ou exclusões se espalhando em todos os assuntos contra os
homens, jamais a seu favor, todas elas postuladas pelo feminismo. Já dissemos,
mas vamos repetir como isso funciona.
Os governos e a estrutura montada, orquestrada pela organização
feminista mundial, já prepara para difundir no mundo medidas que já existem
pontualmente em alguns países em prol exclusivamente da mulher: trem exclusivo,
metrô exclusivo, ônibus exclusivo, vagas exclusivas em garagens ou estacionamentos,
faculdades e escolas exclusivas, empréstimos e apoio com juros reduzidos para
exercer atividades empresariais exclusivos, apoio agropecuário exclusivo,
delegacias e justiças exclusivas onde a investigação começa da premissa de uma
existência de culpa masculina, leis ou vantagens legais exclusivas (inclusive
civis, processuais, trabalhistas, previdenciárias, tributárias e criminais),
serviços jurídico gratuito exclusivo, promoção do associativismo profissional
exclusivo, formação profissional exclusiva, políticas públicas de saúde
exclusivas, campanhas de saúde para conscientizar também exclusivas,
secretarias em governos exclusivas para atender aos seus interesses,
representações exclusivas no parlamento, em sindicatos e em entidades de classe.
Tudo isso já existe, além de muitas outras vantagens exclusivas.
Tudo isso propicia maior consciência,
facilidade, estudos, cultura favorável e dinamismo na vida da mulher.
Em contraposição, teremos homens mais
ignorantes, com dificuldades para locomoção, estudo, formação, trabalho,
convivência em família e tachados de variados nomes que lhes rebaixem.
O sistema ainda difunde que a mulher é mais honesta que os homens e
retiram estes de algumas atividades (como fizeram com os gandulas do campeonato
paulista, convocando exclusivamente mulheres para essa atividade, com a
desculpa pública que elas não teriam tanto envolvimento com o futebol e não
atrasariam o retorno da bola).
Podemos ainda dizer que falsamente afirmam na sociedade que as mulheres
amadurecem mais rapidamente que os homens, isso incute essa falsa ideia e todos
(elas e eles) passam inconscientemente a acreditar e confirmam “conscientes”
que tal fato é verdade e se programam para agir como tais. E se isso hipoteticamente
for um fato verdadeiro, acaba conduzindo à pergunta "o quê o feminismo tem feito eficazmente
para diminuir essa desvantagem que só afeta o gênero masculino?".
O feminismo luta contra tudo isso, certo? Errado.
Consequentemente, o feminismo não é um movimento neutro, ou seja, não é um
movimento em prol apenas de igualdade ou que visa dar aos homens e às mulheres
as mesmas chances. Não, infelizmente não.
Todos os citados mecanismos e outros mais colocam o gênero masculino em
situação de maior exigência, que extrapola e muito o campo da exigência física,
com maior dificuldade no meio social, estudantil, profissional e familiar, com
menor apoio em todos esses setores, obviamente com maiores obstáculos,
incutidos para vigorar na mentalidade coletiva e nas leis, repercutindo em o
gênero masculino ter menor ajuda do governo, das instituições e dos financiamentos,
com mais exigências dos familiares, resumindo, em estado de discriminação.
É bem conhecido do governo que os filhos do sexo masculino são mais
frequentemente forçados a abandonar mais cedo os estudos para trabalhar fora e
ajudar os pais a sustentarem o lar, todas as estatísticas denunciam essa
evidência, mas o governo nada ou pouco faz em termos de política de gênero para
corrigir essa distorção que afeta esses jovens do sexo masculino.
Jamais vi um só manifesto forte do feminismo cobrando do governo
mudanças para nivelar essa questão específica a favor das crianças e
adolescentes do gênero masculino. Ao revés, o feminismo postula ainda mais
providências a favor do gênero feminino que nesse quesito, como em muitos
outros, está em melhores condições, o que demonstra plenamente que o feminismo
não busca igualdade, demolindo seu discurso de neutralidade nas questões afetas
aos gêneros.
Já vi muito sobre bailes de debutantes, algo que diz respeito apenas às
filhas, mas não vi ainda tantos pais igualmente preocupados na mesma intensidade
em dar algo tão marcante e cheio de status familiar e social, em gastar o mesmo
numerário financeiro para dar o mesmo destaque aos seus filhos aos 15 anos.
Posso presumir que essa maior dedicação financeira e empenho focado mais às
filhas terá continuação nos anos seguintes de suas vidas ou seria um erro achar
isso? Parece bem lógico acreditar que a maior dedicação aos 15 anos, a favor
das filhas, também poderá estar presente, ainda que discretamente e impregnada
no inconsciente, pronta para agir, em todos os outros momentos da vida, ao
menos em alguns pais.
Tal mentalidade de favorecimento
de gênero generalizadamente presente no inconsciente conduz a distorções ou patologias
sociais, culturais, legais, trabalhistas, familiares e muitas outras
discrepâncias, acima até já especificadas: trem exclusivo, metrô exclusivo,
ônibus exclusivo, vagas exclusivas em garagens ou estacionamentos... Tais
políticas de favorecimento ou de preterição, relacionada aos gêneros pode,
somado a outros fatores, influir no sucesso ou no fracasso profissional dos envolvidos.
O gênero, portanto, passa a ser um fator de dificuldade ou de
facilitação visível nesses apoios
unilaterais, mas geralmente despercebido para a pessoa prejudicada ou
beneficiada. Quem tem o benefício do apoio (presente na cultura, família,
estado, leis, incentivo moral maciço, acesso facilitado a tudo, transporte
exclusivo, horários mais flexíveis etc) tem potencial para ir mais longe, nos
estudos e profissionalmente, mesmo que se beneficie apenas de um ou outro
mecanismo de afirmação, propiciando-lhe um caminho mais fácil para chegar até o
sucesso.
Com certeza tais facilidades só auxiliam ao gênero feminino e vão
implicar mais mulheres em altos cargos, muito bem remuneradas e mais homens em
cargos de verdadeiros burros de cargas e/ou baixa remuneração ou mesmo quando
em igual cargo à custa de maior esforço. Também implicará um rebaixamento
cultural do homem e menos influência que a mulher dentro da família, sem
qualquer voz ativa, tornando-se um ser acuado pelo sistema.
É nesse contexto que surgem aquelas frases do tipo “o homem de hoje está
deslocado, não sabe seu espaço”, “os homens estão perdidos, sem identidade”, “os
homens são muito sem iniciativa e inseguros”, “os homens são lentos, perto das
mulheres”.
Tanto esse deslocamento, como falta de espaço, perda do norte masculino,
ausência de identidade e insegurança, são consequências invisíveis da opressão propiciada
por essas políticas unilaterais que usam muito o discurso de menosprezo,
rebaixamento, opressão, desdém, marginalização e cobranças em face do gênero
masculino, só do gênero masculino, isentando sempre o feminino.
Similarmente, na colheita dos resultados positivos ou negativos, tudo
vai soar como mérito ou demérito de cada gênero, como em frases mentirosas
exaustivamente repetidas, do tipo “mulheres se esforçam mais”, “homens desistem
fácil”, “mulheres tem mais garra”.
Todas essas medidas, como as mensagens incutidas no inconsciente através
da mídia e cultura, repetidas pelas famílias e reforçadas pelo Estado, como o
incentivo moral maciço e as políticas públicas, vão empurrar os destinatários para
uma boa ou péssima profissão.
A pergunta que deixo é se as muitas medidas feministas planejadas e concretizadas
com dinheiro público e por meio das leis do Estado, estão presentes para apoiar o gênero masculino naquilo que este está em
dificuldade ou só estão presentes para apoiar o gênero feminino,
unilateralmente? A resposta dessa pergunta pode ser indicativa de quais profissões o
feminismo luta para "dar" aos homens e se é um movimento por igualdade ou não.
Cada um que tire suas conclusões.
MDI
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1 comentários:
O problema do feminismo é que este entende a luta pela igualdade a partir da " Teoria do Patriarcado ", portanto o homem é o opressor e a mulher a oprimida, nessa visão - errônea -. Daí o porquê do descaso com o homem, porque para o feminismo a mulher é a verdadeira vítima dessa sociedade " patriarcal " portanto " merecedora " de maior destaque na sociedade " dos homens, para os homens ". A teoria base - do Patriarcado -, por si só, é femista ( tendo em vista a desconsideração do lado do homem para o entendimento completo da dinâmica de relacionamento entre os gêneros ).
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