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Como ir mais longe. Novos rumos para o masculinismo

Expressar o masculinismo em público importa a responsabilidade de atrair benefícios à causa. É preciso utilizar, portanto, manifestação apropriada para crescer.
Públicos diferentes exigem linguagens diferentes. Expressar para uma roda informal não é como difundir por mídias abertas. Defender ideias é uma coisa, defendê-las com êxito e por meios suficientes é outra. Na atualidade atrair o apoio do Estado e suas leis facilita muito, ou por vezes é até decisivo, para concretizar qualquer ideal. 
Portanto deixar de centrar o outro pólo, para centrar no pólo de nosso interesse é muito mais produtivo. Criticar, só as atitudes negativas, discriminatórias ou pejorativas ao homem, como as propagandas ofensivas ao gênero ou as medidas unilaterais, não, porém, outros movimentos.
Exemplos mais visíveis de outros campos da vida com igual consequência é o caso do político que só fala mal de outro, ao invés de falar de si ou de seus objetivos. O mesmo vale para o homem em uma paquera. De nada adianta ele ficar só na tecla de criticar o ex dela ou o concorrente que tenta conquistar a mesma mulher. Sair dessa, falar de si, cativar a paquera, ser admirado por ela é o melhor caminho.
O masculinismo passa por esse mesmo diálogo, falar de si, das condutas positivas masculinas, difundir essas condutas, denunciar discriminações, postular contra unilateralidades, postular leis justas e igualitárias, conta muito mais que criticar outros movimentos.
O que faz o masculinismo ser um movimento político-social é ele reivindicar respeito à dignidade humana e masculina, aos valores, à imagem. É ele postular direitos, pois são os direitos que fazem o homem ser livre e ter plenas possibilidades de sucesso, tanto econômicas, sociais como pessoais. Grande é o valor do termo masculinismo quando traz essa carga politizada.
Outros valores que se agregam ao termo podem melhorar a qualidade de vida masculina, mas são complementares a essas posturas, eis que agregam e difundem noções importantes, como para o homem se valorizar como pessoa ao invés de abrir mão de tudo e de seus projetos por relações amorosas incertas.
Contudo, não basta difundir ideias individualmente para o homem se valorizar, o meio e a cultura no qual ele está inserido também devem valorizá-lo. Não é justo e razoável esperar que o homem passe a vida toda tendo que remar contra a maré, como publicidade que lhe diminui. É necessária uma atenção que reflita na formação cultural.
Postular pena criminal contra a alienação parental e para combater a consciente e proposital falsa acusação de abusos sexuais, algumas vezes utilizadas como meio de afastamento dos pais em relação aos filhos, é absolutamente necessário para afastar esse mal injusto, grave e de consequências devastadoras para esses envolvidos.
Pleitear uma lei contra violência doméstica para proteção do homem, violência essa que muitos sofrem e se calam por vergonha, outros por sequer saber que é caracterizada como tal por acreditar erroneamente que essa violência é só a agressão física desmedida.
A título de exemplo, ofensas de ex, carro riscado, ligações telefônicas ao emprego ou de madrugada importunando, agressões morais, são atos enquadráveis como violência doméstica que muitos homens sofrem e sequer sabem que é espécie dessa violência.
O direito de escolher suas roupas, não sofrer com ciúme excessivo, o direito do homem de ter e manter suas amizades, sem sofrer ofensas, ameaças (até de escândalos) ou pressões insistentes, além de estar ligados ao conceito de dignidade também quando agredidos esses direitos caracteriza violência doméstica.
Quando existem palestras ou informações nos meios de comunicação para as mulheres difundindo esses procedimentos como violência, elas passam a refutá-los com vigor. Potencializa a recusa a essas condutas em face delas, como também ocorrem críticas externas (sociais) se alguém agir desse modo.
Mas, e quando essas condutas ocorrem violando a dignidade do homem?
Chegamos ao ponto da cultura que tanto alguns pregam em artigos. O tratamento legal precisa ser igual para ambos os sexos.
A falta de uma lei e de políticas para a mesma defesa do homem desestimula a realização de palestras em prol do homem, até por falta de conteúdo legal a difundir, e retira da mídia o interesse que teria para abordar essa temática sob o prisma da defesa do homem. Reflexo direto é a cultura que forma na sociedade, enfraquecendo as opiniões masculinas, importando quebra da isonomia.
Essas questões são relevantes para identidade, integralidade e cidadania do homem e suas expressões. Também são facilitadores para uma vida pessoal e conjugal mais feliz (de ambos, diante do equilíbrio que a igualdade proporciona).
Obviamente é necessário esse respeito ao homem para o pleno exercício dos mesmos direitos, ainda mais pelo que dispõe o princípio Constitucional que determina ao Estado proteger da violência doméstica todos os membros da família (art.226, §8º, da CF).
A mera existência de leis e culturas associadas a essas leis propulsionam muitas mudanças.
Não é porque nem todos irão denunciar que deva haver omissão de resposta na lei. Igualmente os denunciantes devem receber tutela Estatal e incentivo social, o que formará uma nova cultura e desestimulará iguais ofensas pela diminuição da sensação de impunidade.
A atual cultura de só restringir as manifestações do homem não é fato isolado, trata-se de uma visão global nascida pelas mesmas leis unilaterais que opera mudanças no corpo social.
Diante de tais observações, ou o masculinismo assume seu papel maior de defesa dos direitos masculinos, postulando leis igualitárias, ou perde-se no vazio.
Importante visualizar que os chamados estudos de gênero estão a todo vapor, uma expressão do avanço da capacidade da civilização, uma boa iniciativa. Daí é inconteste que mudanças ocorreram e outras ocorrerão.  São produzidas em grande escala, mapeiam comportamentos sociais (hábitos, falas, costumes etc) e passam dia e noite projetando meios, que o dinheiro público financia, para difundir novos comportamentos.
O início desse texto enfoca claramente que uma coisa é a fala para um pequeno grupo, os colegas, os amigos (ainda que virtuais), outra coisa é a fala para ecoar no mundo. São diversas essas falas, exigem mecanismos diversos, conteúdos e formas diversas.
É hora do masculinismo acordar para a nova realidade, levar suas necessidades, postular direitos, denunciar abusos de toda espécie, formar ONGs, utilizar falas mais politizadas, interagir com o Estado e postular estudos de gênero que também foquem suas necessidades.
Ser masculinista comporta plenamente tais medidas. Ser masculinista comporta buscar direitos, agir em grupos organizados, usar o cérebro e viver mais o lado racional.

(Os comentários dos leitores não refletem, necessariamente, a opinião deste blog)

1 comentários:

Mauricio Trindade disse...

Concordo com isso, é mais do que na hora de formarmos algo concreto como uma ONG, uma Associação Masculinista, oi que dificulta de inínicio como foi dito é a própria consciência masculina dos seus direitos, aliás, é própria falta de consciência masculina de se reconhecer como um grupo, ao contrário das mulheres, com quem isso é bem mais fácil, e essa é uma das razões porque é mais fácil mulheres se organizarem em grupos para defender seus interesses, no mais, dos poucos homens esclarecidos a respeito deste tema, a distância que nos separa dificulta, porque o masculinismno difundido no Brasil praticamente só existe na internet, apesar de notarmos um avanço nesse meio, este blog também é um exemplo disso.

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