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Transferências de riquezas e desequilíbrio nas contas


Trata-se de uma reflexão útil para mudarmos nossa visão e comportamento. Dizem que mulheres admiram homens melhores que elas financeiramente. Mas num momento que o gênero masculino está se empobrecendo sem contrapartida, como ser ao menos igual economicamente?
As citações que serão feitas são apenas exemplificativas, pois esse rio que retira recursos dos homens é exageradamente mais amplo que os exemplos citados neste artigo.
Entre tais, tome-se a imposição do homem pagar a conta do casal em restaurantes, bares, cinemas, teatros etc mesmo quando ganha igual ou menos; as cobranças efetivadas por danceterias que fixam preços maiores para homens ou cobram somente deles; o seguro de carros que são cobrados mais caro dos homens; o fator previdenciário que considera a expectativa de vida de homens e mulheres iguais para diluir o valor arrecadado em tantos anos de expectativa de recebimento da aposentadoria embora se saiba que os homens vivem em média 7,6 anos menos; os cinco anos a mais que são pagos pelo homem à previdência para se aposentar com também os mesmos 5 anos a menos recebendo; as pensões alimentares para ex-cônjuges, culturalmente mais defendidas para mulheres que para homens, mesmo em situação em tudo igual; dentre outras muitas situações corriqueiras nas quais há a mesma transferência de riquezas e desequilíbrio nas contas.
Por que, mesmo quando ganha menos, cabe ao homem pagar a conta do casal, ou quando muito rachá-las? Simplesmente por fascínio?
Embora alguma apologia falsa a respeito seja propagada, no geral, não vejo homens fascinados por pagar, nunca vi um bater no peito numa roda de conversa e dizer “saí com ela e paguei a conta” ou então “saí com ela, mas a melhor parte foi eu pagar a conta”, seria até um selo de ridículo ou idiota assumido.
Nas relações de consumo é comum as danceterias cobrarem o dobro, o triplo ou somente do Homem. Somente fiscalização e punição feita pelo Poder Público corrigirá essa vergonhosa distorção no mercado de consumo.
As autoridades sabem disso, só não tomam as providências. Conforme estudo disponível no site do SENADO do Brasil, Paulo Springer de Freitas explica como funciona o pagamento para o homem ter acesso (à danceteria, ou se preferirem à mulher):
“Para ver como isso ocorre, imagine duas danceterias. A danceteria “A” cobra preço único, digamos, R$ 10,00 para todos os clientes. Já a danceteria “B” reduz o preço para mulheres, para R$ 5,00, e compensa cobrando mais dos homens, por exemplo, R$ 15,00. Cobrando menos das mulheres, elas irão preferir a danceteria “B”. Já o público masculino ao perceber essa migração, irá também se deslocar para a danceteria “B”, uma vez que os homens, por hipótese, teriam maior disposição para pagar um preço superior para formar um par. Nesse exemplo, portanto, o preço médio seria o mesmo, de R$ 10,00, em ambas as danceterias”. Disponível em: http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/NOVOS%20TEXTOS/texto37%20-%20Paulo%20Springer.pdf – Acessado em: 13.3.2011
Questiona-se esse procedimento, o qual, ao mesmo tempo conduz a, no mínimo, dez graves violações de direito e da dignidade humana:
1) importa uma verdadeira discriminação financeira;
2) ofensa aos Direitos Humanos masculinos;
3) dificulta o direito de lazer dos homens;
4) viola o acesso igualitário de homem aos ambientes frequentados por mulheres;
5) cerceia o acesso de uns aos outros violando a dignidade humana do homem;
6) implica discriminação sexista e barreira que cerceia o acesso do homem aos serviços e ao mercado de consumo;
7) afronta ao Código de Defesa do Consumidor com a cumplicidade omissa e das autoridades;
8) importa muitas vezes indevida imposição de consumo de bebidas alcoólicas, o que significa incentivo ao vício para “justificar” a maior cobrança na entrada;
9) e se isso ocorrer, com a agravante de configurar imposição de aquisição de produtos casados com serviços, o que contraria o Código de Defesa do Consumidor e a dignidade nas relações de consumo;
10) violação do princípio substancial da isonomia entre homens e mulheres e por consequencia violação da própria Constituição.
Outra discriminação financeira ocorre em detrimento do homem na aquisição de seguro de autos, suportando cobrança até 30% maior que para as mulheres. Esse procedimento também é conhecido de todos, violando igualmente a isonomia sem qualquer política governamental de combate a tal discriminação.
Até poderiam alegar maior incidência de custos com acidentes mais graves relacionado ao público masculino, mas a mesma lógica não tem sido aplicada quanto aos gêneros quando a questão é o fator previdenciário.
A regra do fator previdenciário considera para homens e mulheres a mesma expectativa de vida, mesmo ciente de que o homem morre antes e se aposenta depois.
Quanto à aposentadoria não considera que os homens pagam 5 anos mais, nem considera que os homens só passam a receber 5 anos depois e ainda morrem 7,6 anos antes.
Nas pensões alimentares, é raro ver uma mulher pagando pensão ao ex. Se ela é mais nova, o discurso geralmente é que ele pode mais em razão da idade que lhe propiciou economias ou progresso na vida, enquanto ela é jovem e precisaria estudar.
Quando invertem os pólos dos gêneros no quesito idade, o discurso também inverte os valores, a fala é que ela já não é jovem, que cabe a ele que está na mocidade trabalhar e que é absurdo pagar faculdade para um marmanjo.
Nessa questão, vislumbra-se bem claramente que, mesmo em situações absolutamente iguais ou mesmo em situações que o homem pode menos, mesmo assim a recusa cultural de deferir igualdade no trato homens/mulheres.
É necessário que se tenha outra postura e que ocorra respeito às dificuldades masculinas, até porque todo esse dinheiro desembolsado a mais não caí do céu. Ele é ganho no disputadíssimo mercado onde muitos homens ficam inválidos ou morrem nos inúmeros acidentes de trabalho, muitos sem sequer entrar nas estatísticas.
Quando o assunto é pensão para os filhos também há uma cultura social ou institucional que cobra maior rigor para pagamento pelo homem que pela mulher, ainda que em igual situação. A doutrina (lição dos doutos) precisa rever isso. Nenhuma moralidade há, ao sufocar de um gênero em detrimento do outro.
Mais recente, foi apresentado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 352/2011 que concede apenas às mulheres arrimo de família (não aos homens arrimo de família) duas parcelas extras de seguro desemprego.
Coincidências...? Não acredito, entendo decorrência de uma cultura combinada com a ausência de mecanismos organizacionais que atuem em defesa de pleitos legítimos em prol dos homens.
As políticas invisíveis mas atuantes do governo com leis unilaterais, estudos focados nas necessidades de um sexo só, supondo-o ainda frágil em contradição com o discurso que apregoa igual capacidade, difusão de tais noções por PNL visando ou simplesmente acabando por potencializar essa cultura discriminatória negativa precisam ser revistas.
Muitas mais são as transferências de riquezas e desequilíbrio nas contas, o que foi exposto neste artigo é apenas para ilustrar.
Antes que se acentue mais esse quadro, projeção que é a mais provável, se faz necessário agir, o que só se mostra possível pelo masculinismo politizado, efetivo, postulante e totalmente organizado. Para essa mudança ocorrer, traga mais gente para o masculinismo.
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Concorde – Discorde – Opine (só serão aceitos comentários sem ofensas, sem sexismo e em conformidade com a política deste Blog)

5 comentários:

Rayearth disse...

No final das contas quem sempre paga as contas somos nós, é hipocrisia falar de igualdade, elas adoram os direitos mas os deveres muito pouco

Seth Dragoon blog disse...

A Constituição brasileira vem sendo violada à décadas, sabe, ultimamente venho me questionando o quão machista é o mundo, talvez, se nada for feitos, os futuros bebes masculinos, sofrerão absurdos por terem nascido com um pênis, e não com uma vagina. Parece esquisito isto que disse, mas não é improvável. Algo tem de ser feito MDI, e ser feito com urgência, senão será uma barra pesada à se enfrentar em um futuro mais próximo. Realmente temos de expandir o masculinismo, justamente era essa minha intenção em achar um outro masculinista aqui em Uberlândia, já que caminhar sozinho é mais difícil do que se parece.
Mas e quanto a criação da ONG Masculinista? Como vai?

barrosdelimaster disse...

A estrutura social, o esquema, é bem montado. Enquanto homens e mulheres de digladiam, esquecem o mal maior Enquanto uns e outros se acusam, procuram culpados, incriminam-se, apontando os defeitos mais maléficos um do outro, um mal maior e, quem sabe, responsável por tudo isto age em surdina. E os homens, os párias da vez, não estão percebendo o que lhes espera no futuro.

Realmente o que assusta é falta de ação dos homens,

Seth Dragoon blog disse...

Sim sim... A falta de ação é tamanha!
Um guarda no Canadá teceu um comentário que gerou uma marcha.
Nós, sofremos neste ano de um preconceito enorme por parte da bombril, e te pergunto quais foram nossas reações...
Estava lendo um comentário e achei esta notícia, que apesar de ser de 2008, acredito ser de bastante reflexão. Depois de ler isto, fiquei me perguntando por quanto mais tempo ficaremos sentados sem nada fazer, até quando não vamos nos organizar e agir. Mostrar que homens também tem seu potencial, que também sofremos de horrendos preconceitos.
Link =

http://jus.uol.com.br/revista/texto/11653/e-os-homens-continuam-sendo-discriminados&t=AFnl8bF6yEXXQvjOLalv7aMyQd-x9b0CiBVF6BHPOhTLLepkcou6qJpV89btnA5JBcIcq4CgFTjFWubyjMexdr4Egu0z4qwcLwAAAAAAAAAA&r=1

O mais interessante é que foi escrito por uma mulher... Isto para mim é algo já animador, já que as próprias mulheres estão vendo o que se passa e as irregularidades cometidas.

MDI disse...

Olá Seth Dragoon blog

O link que conduz a um artigo extraordinário.

Mais uma vez acertou.

Sobre sua pergunta "a ONG",foi feita uma postagem que responde.

Foi por causa dessa postagem que não respondi aqui antes.

Saudações Masculinistas

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