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Sete de setembro: uma oportunidade cívica masculinista, mais do que nunca

Esse artigo é um enfoque direcionado a levantar as oportunidades e perdas delas relacionadas a essa tão relevante data, inclusive feriado que propicia oportunidade impar de ação em todos os âmbitos civis, em defesa de direitos existentes ou na postulação de novos ainda tão só num horizonte distante.

O dia 7 de setembro não pode representar somente um passado distante que muitos sequer sabem o que representa. Deve, entretanto, ser para nós como é o 4 de julho para os americanos e seu caráter utilitário renovado a cada ano com a valoração da independência em todos os aspectos, ainda mais a independência que rompa com as amarras sociais que representem o atraso, a corrupção, a demagogia, a exclusão sexista entre tantas mais oportunidades.
Semelhante ao que conclamo, foi a ação dos muitos grupos que se manifestaram por todo o Brasil contra a corrupção, enquanto a presidente da república apenas via um desfile de (foi o que achei) superados tanques de guerra que nada simbolizam nos dias atuais.
Um país deveria utilizar melhor essa data, inclusive no tocante ao desfile militar. Muitas vezes vemos outros países utilizar seus desfiles militares para ecoar um civilizado e diplomático recado de independência e meio bélico de sustentá-la, levado pelas imagens que expressam algo do tipo “aqui há tecnologia, armas novas, poder de fogo”.
Afora isso, no âmbito civil há uma (ou muitas) ação (ações) paralela (s) da população em prol dos direitos civis.
De outro lado, nós, maior parte da população, também não nos atentamos para a oportunidade de levar nosso recado cívico ou cidadão, ressalvo aqueles que tiveram a iniciativa de ir às ruas com uma das possíveis e aplaudíveis bandeiras, aquela contra a corrupção. Afinal, algum corrupto que lesou o erário está condenado cumprindo pena?
Mas e quanto a nós masculinistas? Sim, é uma data que cabe a todos os movimentos sociais defendem algum aspecto da cidadania e fazer ecoar seu recado, ainda mais por que oportunizado um momento que a imprensa está mais atenta e disponível para noticiar expressões sociais, cívicas, expressões democráticas, mas o que fizemos?
A meu ver apenas perdemos uma oportunidade (ao utilizar o momento para dormirmos, comermos, irmos ao cinema, reunirmos num churrasco, irmos pescar, à praia, jogarmos futebol, enfim coisas que poderíamos fazer em qualquer feriado ou fim de semana sem qualquer prejuízo para o lazer e tais reuniões).
Entretanto não é qualquer feriado ou fim de semana que propicia tanta facilidade de ganhar conotação cívica com um movimento cidadão.
Assumo minha meia-culpa, até por que jamais visualizei tamanha oportunidade propiciada pelo 7 de setembro, que agora surge com essa releitura que exclui aquela velha visão desprovida de proveito em prol da dignidade humana ou social.
Visualizo, porém, que dentre “perda” e vitória, sim, visualizo uma vitória, há saldo positivo. Pois, finalmente, mais uma maneira de agir foi encontrada.
Ocorre que não existe meio de organizar e afinar discursos sem visualizar meios de agir. Visualizar o caminho a seguir já é um passo, mas é preciso avançar.
Pergunto: Como ocorreu a organização que levou cerca de 20 mil manifestantes ao congresso neste 7 de setembro de 2011, se sequer eles foram organizados por uma ONG, igreja ou partido político? A resposta é a mesma que levou a queda recente de governos tiranos: a internet.
Organização (mesmo que pela internet, ou melhor, principalmente pela internet), expressão pacífica (física e argumentativa, jamais acusatória) e ousadia de acreditar (é possível), são as três premissas mais necessárias para arrastar os primeiros dignos voluntários ao sucesso.
Será, no entanto, que teríamos os primeiros dignos voluntários em prol do masculinismo para uma manifestação cívica e cidadã em prol de direitos para a dignidade humana masculina?
Mas, de antemão compreendo aqueles que vão mencionar as dificuldades, gastos, etc.
Interessante que os torcedores de um time de futebol pagam altos preços semanalmente, mas estão lá, vão ver os jogos, muitos inclusive em cidades ou estados diversos dos quais residem.
Interessante também que os encontros de motoqueiros ocorrem por todos os cantos desse país reunindo pessoas de todos os estados, mesmo com altos pedágios em muitas rodovias e o elevado preço dos combustíveis, mesmo assim estão lá, até por que é muito gratificante o retorno advindo pela reunião, o fato de estar com os que pensam e vivem a mesma filosofia.
Interessante notar as caravanas ou romarias religiosas, de pessoas tão sem recursos mas com uma vontade que faz o difícil se tornar fácil e realizado.
Interessante notar os grupos que acampam, só com suas mochilas, vontade e muitas vezes pouco recurso, se deslocarem para cada canto desse país, concretizando um ideal (interessante e libertário).
Interessante notar que até muitos índios, totalmente sem instrução, são capazes de ir à esplanada dos ministérios e levar seus pleitos.
É nesse contexto que vejo uma reunião de protestos cívicos num 7 de setembro, com masculinistas de variados lugares reunidos, e até já organizados por outras afinidades se utilizando delas para melhor propiciar aglutinação.
Não seria agradável contarmos piadas entre nós? Viver o camping, o motociclismo? As viagens automotivas com três amigos ou de caravanas? Conhecer novas pessoas? Encontrar afinidades como as dos colecionadores, jogos de games ou praticantes das mesmas atividades? Fazer contatos e trocar informações ou compartilhar tantas possibilidades?
Seria entediante uma viagem para um lugar diferente ou até para um já conhecido mas ocorrido num momento diferente e tão aglutinador?
Pensar um pouco sobre as muitas possibilidades gratificantes, cujo pano de fundo e união é uma luta cidadã e totalmente respeitosa à lei, ao Estado, as instituições, ao próximo, aos demais movimentos.
Refletir sobre as muitas comunidades que podem se formar (pequenos grupos que naturalmente surgirão do convívio em função de interesses iguais, paralelos ao masculinismo).
Meus caros, a meu ver faltou só mesmo pouca coisa, uma é a visão dessa enorme oportunidade que é o 7 de setembro, outra é a ousadia de acreditar e ir a luta, por fim a organização.
Entendo que não são todos que podem ir, mas todos podem, podem sim, podem quando querem de algum modo ajudar a um evento desse porte acontecer.
Podem divulgando, podem se empenhando com manifestos convincentes, com postagens, e-mail’s de divulgação, facebook e nem preciso falar de todas as formas de articulação.
Como disse, não foi só perda, vejo o lucro, que nesse momento foi perceber a oportunidade que o feriado associado a cidadania e imprensa mais acessível pode propiciar.
Apenas para ilustrar que acreditar faz diferença, cito um masculinista que me solicitava algo para o Dia do Homem, o 15 de julho.
Respondi seu e-mail dizendo-lhe que ele também podia fazer algo, recomende-o a pensar e fazer o que fosse possível. Pois bem, ele foi a um jornal e postulou uma matéria, exibiu o blog MDI e nossa postagem comemorativa a qual o referido jornal publicou.
A se todos (ou muitos) acreditassem possível de êxito um ato decorrente de igual atitude, como mais jornais por esse país teriam divulgado alguma matéria.  É extremamente interessante e similar esse acontecimento quanto ao que se propõe para o 7 de setembro.
Veja que quando paramos com o ceticismo e acreditamos com ações (vontade sem ação é como um banquete que, mesmo faminto, é recusado). Lutando temos a possibilidade de obter o que desejamos. É verdade que “possibilidade” não é certeza, mas o quê nessa vida é certeza?
Em tudo na vida cabe-nos a escolha quanto ao modo de pensar e agir (ou omitir), em no mínimo duas variantes opostas e excludentes: a primeira é: Já perdemos (mesmo antes de tentarmos ou entrarmos em campo) a segunda é: Acreditamos e vamos tentar! (depois de tentarmos ou entrarmos em campo, saberemos).
Simplesmente é uma questão de escolha.
Sempre tive uma frase comigo e vou compartilhá-la: A vida é feita de escolhas.
As tuas escolhas de hoje serão o reflexo da sua vida amanhã, também retratarão a história dela e com a soma de todos os outros protagonistas do hoje importará nos rumos da sociedade do amanhã.
Entendo que a leitura desse artigo, apesar de independente do próximo e vice-versa, recomenda a leitura do que virá, eis que ele além de motivacional para tudo na vida também pode auxiliar a crer e entender que crer é tão o mais relevante quanto parece.
MDI

5 comentários:

Seth Dragoon blog disse...

Parabéns MDI e ao outro masculinista que, além de postular a matéria, ainda divulgou o MDI. Realmente não é uma facilidade propor na sociedade contemporânea ( com exclusividade ao Brasil ) o masculinismo. Lhe falo isso porque brasileiros acreditam fielmente numa imagem bastante imposta da figura masculina como opressor e a figura feminina como oprimida, uma didática que eu mesmo presencio diariamente na minha própria escola, e olha que curso o 3º Ano do E.M.

É difícil propor uma passeata ( sim, não gosto de marchas, sooam mais agressivas, e eu não sou um adepto de movimentos que entendam a vida com agressividade ) quando ao falar sobre o assunto você obtém como resposta uma imposição de culpa à imagem masculina que não é verdadeira, onde todos lhe tratem com agressividade ( e não me refiro somente à homens ) ao propor sua ideologia.

Quantas não foram as vezes que simplesmente desbanquei qualquer idéia contrária à minha - utilizando de argumentos, de sabedoria - e recebi em troca um " machista, ignorante e imbecil " como resposta, com um tom de raiva que realmente se assusta, com um tom de raiva de alguém que se diz contra o sexismo contra a mulher, mas acha natural haver sexismo contra o homem. Ou pior, acha horrendo a existência de um movimento que lute pelos homens. Sabe, tenho de concordar nessas horas com as palavras de Warren Farrell - " Como o feminismo distorceu e diminuiu o que há de melhor nos homens. Como a guerra dos sexos tornou-se um combate de amo única contra nós. ".

Mas é isso aí, parabéns para os masculinistas, suponho que fazer o que o masculinista de nome não divulgado conseguiu é algo que beneficiou não somente ele, não somente o MDI, mas todos os ( as ) masculinistas.

Rsrsrs, para completar a postagem, acabei de ver um vídeo no blog Marxismo Cultural ( http://omarxismocultural.blogspot.com/ ) bastante interessante e que eu, particularmente, recomendo à todos, principalmente aos pais.

Assistam - http://omarxismocultural.blogspot.com/2011/09/o-impacto-dum-pai-na-vida-do-filho.html

MDI disse...

Marchas são agressivas? Que afirmação mais antidemocrática.

Foram com marchas que os estudantes e a oposição combateram a ditadura que vigorou no Brasil de 1964 a 1984, foram com marchas que se obteve o impeachment do ex-presidente Collor, entre tantas outras bandeiras que foram defendidas pela sociedade.

Aliás, foi justamente uma marcha em defesa da tão questionável descriminalização do uso da maconha que levou o mais alto tribunal do país (o STF) a afirmar que "o pensamento deve ser livre, sempre livre, permanentemente livre" (relator Ministro Celso de Mello), concluindo pela liberação da referida marcha.

Ora, se alguém tem seu direito de defender publicamente a maconha que também gera tanto estigma social, por quê não pode defender direitos à dignidade do homem?

Marcha pacífica é a mais democratica forma de expressão popular. Não há nada mais civilizado que isso!

Não confunda a possível falta de vontade de se engajar ou a possível crítica como tudo na vida desperta, com falta de legítimidade de um movimento!

barrosdelimaster disse...

“Ora, se alguém tem seu direito de defender publicamente a maconha que também gera tanto estigma social, por quê não pode defender direitos à dignidade do homem?”

Infelizmente o individualismo afetou as pessoas de tal forma que se algo não as atinge individualmente, elas não se mobilizam, mas se por acaso pisam em seu calo, aí é mais embaixo. O mesmo ocorre com os homens. Se eles estão transando, namorando, ótimo. Mas, se por ventura, percebem que isto não pé mais possível, devido a uma nova reordenação social, que afetou a forma das mulheres agirem e, em contrapartida, exigem-se do homem também uma nova postura, muitos preferem não entenderem os mecanismos que fez com que isto ocorressem e preferem ou culpar apenas as mulheres, ou culparem apenas o feminismo por isto. Não lhes saltam às mentes que estes são apenas instrumentos deste novo reordenamento social a serviço do capital mundial.

Observem que o patriotismo está intimamente ligado ao papel do homem na sociedade. Algo que vem decaindo junto com a masculinidade talvez.

Entretanto, vendo este seu trecho acima percebemos que você tem toda a razão. Porque não? Talvez já seja a hora de começarmos a pensar em algo par ao próximo dia 7 de setembro quem sabe? Mesmo que seja uma pequena mobilização, mas já é significante.

barrosdelimaster disse...

Diga-se de passagem, que as marchas, agressivas ou não, sempre surtiram efeitos em qualquer lugar do mundo. Basta observar os últimos acontecimentos. Todos sabem disso, vejam, por exemplo, gays, lésbicas, MST, estudantes, vadias, prefeitos, donas de casas, etc todos descobriram o poder que estas marchas possuem. Poderia aqui também listar muitas grandes marchas em países cujas liberdades individuais são tolhidas. Todavia se quando elas são realizadas nos grandes centros, nas grandes capitais dos países, tendem a surtir efeito.

Jose Rubens disse...

Parabéns pela matéria MDI. Devemos aproveitar toda e qualquer oportunidade de trabalharmos o masculinismo em nosso dia a dia com amigos ou mesmo colegas de trabalho, assim iremos cada vez mais aumentar o numero de pessoas que irão se conscientizar de que existe sim a necessidade de resgatarmos os direitos que nos estão sendo negados. Acredito que existem muitos que não aprovam e convivem com as atitudes feministas porque não conhecem o caminho do masculinismo, e isto aconteceu comigo. A propaganda da bombril foi que me levou aos blogs masculinistas e acredito que existem muitos na mesma situação que eu estava. Assim acho que devemos ir trabalhando essas pessoas e trazendo as para a realidade das coisas como elas realmente são pois quem está fora do masculinismo não vê o que realmente deve ser visto pelo angulo masculinista. Eu sempre que tenho oportunidade faço a minha parte. E assim a qualquer hora poderemos fazer um grande coro em defesa de nossos direitos. O que não podemos fazer é deixar de batalhar todos os dias incansavelmente até conseguirmos o que queremos.

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